segunda-feira, 11 de abril de 2011

UnB alagada

Não sou nenhum especialista, mas não é difícil entender por que a UnB inundou ontem:

- a L3 norte sempre alaga com qualquer chuva porque não tem NENHUMA galeria para escoar as águas pluviais;
- a água da chuva fica retida na altura da FT e da Regional de Ensino;
- e quais foram as áreas mais afetadas? o ICC centro e norte e a FT (próximos do primeiro ponto crítico de alagamento) e a Colina (próxima do segundo ponto);
- ou seja, a água transbordou na L3 e a enxurrada desceu para esses prédios.

Não adianta agora procurar culpados. Mas no afã de mostrar "eficiência", os últimos governadores do DF fizeram obras malfeitas, sem previsão de galerias pluviais. Não só a L3, mas a EPGU e a EPTG --pistas reformadas nos últimos cinco anos-- sempre alagam quando chove.

Quem autorizou e executou essas obras deveria ser responsabilizado pelo prejuízo desde domingo.

domingo, 10 de abril de 2011

Passaralhos

Você abre mão dos seus amigos, relacionamentos, família; não tem mais fins de semana e feriados; viagem de Ano Novo? nem pensar; férias? só quando o patrão permitir, e nunca coincidem com as de ninguém; faz horas extras nos piores dias possíveis; trabalha em horários malucos, e ai se acontecer um factual na hora que já estiver com o cartão de ponto na mão; enfim, você veste a camisa da empresa e passa a viver em função dela.

Daí chegam os donos da empresa e vêm com aquele discurso mais-que-batido: precisamos cortar gastos, enxugar a máquina, a ordem é fazer mais com menos; e você, que abriu mão de tudo aquilo do parágrafo anterior, está despedido.

Tudo bem, o jornalismo é uma profissão unida, jornalistas são corporativos, além de excelentes coelgas e, logo, logo, estará com um emprego novo. Mas é muito ruim ver como a empresa cuja camisa vestiu pensa em você na hora dos cortes.

O passaralho não é uma novidade. Mas, ironicamente, o anúncio das demissões nos dois maiores jornais de Brasília aconteceu no 7 de abril, o famoso "dia do jornalista". E no dia que aconteceu um dos maiores factuais do ano, o massacre de Realengo.

Queria ver o ânimo dos que ficaram para cobrir aquela história.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A raiz do problema

Eu pensava que a culpa da desmoralização do jornalismo tivesse sido provocada pelo "CQC" e pelo "Pânico".

Depois, a culpa seria do Supremo Tribunal Federal, que extinguiu a exigência do diploma e considerou inconstitucional a Lei de Imprensa.

Mas só ao ler isso que vi que o problema está nos próprios jornalistas.