quarta-feira, 2 de junho de 2010

A condenação ao ataque israelense

Ando meio afastado deste espaço.

A repercussão em Brasília do condenável ataque de Israel à flotilha humanitária perto de Gaza tomou o meu tempo nos últimos dias.

Quanto à ofensiva israelense, creio que tudo já foi dito por aí. A própria reação internacional fala por si, com reação negativa majoritária entre as principais nações mundiais.

E, ao meu ver, este tipo de ação movida pela Defesa de Israel só faz levantar o ódio contra os israelenses e afastar a possibilidade de, um dia, eles conviverem em paz com seus vizinhos.

Esta recente questão do Oriente Médio é bem complexa e merece um post a parte.

Vale ressaltar, também, a pronta reação das autoridades brasileiras, que chamaram o embaixador de Israel para explicações e condenaram publicamente a ação.

Ninguém ontem, no Senado, teve coragem de questionar as declarações do ministro Celso Amorim de reprovação ao ataque. O chanceler foi ao Congresso convidado a explicar aos parlamentares a recente participação turco-brasileira no Irã –no que, como lembrou a Christina Lemos, até a oposição elogiou a atuação do Brasil.

Por falar em Congresso, alguém viu o ilustríssimo deputado Marcelo Itagiba por aí? Ele mesmo, que no fim do ano passado espalhou faixas repudiando a visita oficial de Mahmoud Ahmadinejad, sumiu depois do acordo nuclear do Irã e do ataque de Israel à frota de assistência humanitária.

Espero que ele tenha aprendido algo com a diplomacia brasileira. Se não, pode pedir ajuda aos colegas do Senado.

PS.: Aproveitarei este feriado para viajar e descansar, afinal, vêm por aí a Copa do Mundo e as eleições presidenciais, que vão exigir muito trabalho e demandar muito tempo.

2 comentários:

  1. Estêvão Perpétuo2 de junho de 2010 às 16:02

    É uma pena que a política externa lulista seja tão cambiante com relação a eventos semelhantes. Eles são tão bons e ajudar/condenar quando lhes convém. Longe de mim querer justificar ou abrandar o ataque; apenas acho que esse rápida condenação poderia ter sido utilizada também em outras situações. Mas o governo Lula ser coerente em alguma coisa já é querer demais...

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  2. Muito lúcida a sua análise. É bom lembrar que o presidente Lula, ao lado do Min. Celso Amorim, está dando "um banho" de diplomacia, jogo de cintura e maturidade, quando o assunto é política internacional.

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